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quinta-feira, 28 de julho de 2011

you know you do not pay.


Sinto seu perfume no decorrer da madrugada, algumas noites mal dormidas devido a grande preocupação de te deixar só, qualquer fato, ou ação diária é motivo para lembrar você.
A fumaça lembra seu cigarro, um movimento lembra seus gestos simples,certos tímbres a sua voz (...)

Talvez eu não deveria lembrar de tantas coisas que me levam até você, quer dizer; tenho certeza que nada disso do nosso "acerto" era para ser levado em conta por ambas as partes. Milhares de vezes desde o ínicio de tudo me pego alucinada, remoendo cada instante que passamos juntos. Cada noite que foi única e de alguma forma sei que marcou tanto a mim, quanto a você.
Consigo ver nos teus olhos algo verdadeiro,o que no meu olhar se torna invisível ou apenas variável, mudando de direção a cada segundo de incerteza que me cobre.
O pouco que sabemos um sobre o outro, faz que nos tornamos uma única peça, onde os encaixes passados ou erros, não interessam, nem a mim nem a ti.

Se eu pudesse calcular quantas vezes cito seu nome no meu dia, você se impressionaria com a imensidão e repetição que casa letra desde leva. Quando me refiro a você, meu olhar muda, minha entonação fica mais leve, meu coração mais frágil.
Quem sabe por medo de errar eu não seja tão transparente ou sincera com você, inúmeras vezes me pego ensaiando palavras para serem ditas, mas de quem elas realmente serviriam (?) Para afastar (?), Modificar (?) , Engrandecer (?) ou simplesmente Terminar (?)

Tanta dúvidas, repletas de certezas quase absolutas nos rondam, mas creio que a cada instante que passamos juntos, escrevemos aos poucos nossa história, em um caderno com linhas tortas, escrita levemente à lápis, onde poucos e raros conseguem entender ou ao menos ver.